Educação vai diversificar a oferta de proteínas vegetais nas escolas da Rede Municipal de Ensino

21 de dezembro de 2018 Atualidades
Educação vai diversificar a oferta de proteínas vegetais nas escolas da Rede Municipal de Ensino

Educação vai diversificar a oferta de proteínas vegetais nas escolas da Rede Municipal de Ensino

Iniciativa, desenvolvida com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), incentiva o aumento de consumo de outras fontes de proteína

 

O cardápio de receitas com proteínas vegetais na Rede Municipal de Ensino, já aprovado pelos estudantes, vai ganhar ainda mais opções a partir do ano que vem. É que na  ultima segunda-feira (17/12/2018), a Secretaria Municipal de Educação (SME) lançou em seu auditório, o projeto Cardápio Escolar Sustentável. O objetivo é alinhar ainda mais o programa de alimentação escolar com o tema desenvolvimento sustentável, previsto no currículo da cidade de São Paulo. Além disso, o projeto valoriza a alimentação escolar em suas potencialidades educativas e sustentáveis e diversifica as opções à base de vegetais nas refeições oferecidas nas escolas da rede. A iniciativa é uma parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

 

Várias ações estão previstas, dentre as quais a criação, a cargo da chef Bela Gil e culinaristas da SVB, de novas receitas desenvolvidas especialmente para serem replicadas na alimentação escolar do município e a realização de oficinas ainda em 2018 para 160 cozinheiras de Centros de Educação Infantil (CEIs) parceiros das 13 Diretorias Regionais de Educação (DREs). As novidades vão ser incluídas progressivamente no cardápio das escolas a partir de fevereiro de 2019. “Fico muito feliz, de uma maneira ou de outra, ter contribuído com esse projeto com receitas deliciosas. É muito importante essa dedicação e esse carinho que as merendeiras têm pelo alimento e pelas crianças. Sem elas, a gente não teria conseguido fazer nada disso”, explica Bela Gil.

 

A ação tem similaridade com a proposta Segunda Sem Carne, lançada em 2009 pela SVB, que convida a população a trocar a proteína animal pela proteína vegetal pelo menos um dia por semana. Para o Secretário Municipal de Educação Alexandre Schneider “essa política, somada à ampliação da aquisição de orgânicos e de gêneros da agricultura familiar, como frutas e hortaliças, promove a alimentação saudável, apoia pequenos produtores e preserva o meio ambiente”

 

O dia do cardápio vegetariano nas escolas da rede começou gradualmente em 2011. A intenção, com a iniciativa do Cardápio Escolar Sustentável, é ampliar a oferta de leguminosas como prato principal das refeições, como grão de bico, feijão preto, ervilha e lentilha com receitas inovadoras e saborosas assinadas pela Bela Gil.

 

 

Milhões de refeições

 

Nas 3,2 mil escolas municipais são servidas diariamente cerca de 2,2 milhões de refeições para aproximadamente um milhão de bebês, crianças e jovens. Os cardápios, cuidadosamente planejados para atender às necessidades nutricionais dos alunos durante o período em que estão na unidade, atendem às diretrizes da Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde da Organização Mundial da Saúde (2004) e às Diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE/FNDE), além de

Vários estudos têm demonstrado que políticas que promovam a redução no consumo de proteína animal representam uma das formas mais eficazes, factíveis e baratas de alcançar vários dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas até 2030. Essas iniciativas contribuem para a promoção da segurança alimentar (ODS 2), saúde (ODS 3), gestão sustentável da água (ODS 6), padrões sustentáveis de consumo e produção (ODS 12), mitigação de fatores associados a mudanças climáticas (ODS13) e conservação da vida aquática e terrestre (ODS 14 e 15).

Agricultura Familiar 

Desde 2009, a Lei que rege o Programa Nacional de Alimentação Escolar prevê que o município deve destinar 30% dos recursos recebidos pelo governo federal para compra de alimentos produzidos por agricultores familiares. Em 2015 foi aprovada uma Lei municipal que prevê a introdução progressiva de alimentos orgânicos no Programa de Alimentação Escolar da Cidade de São Paulo, regulamentada em 2016.

Ambas as políticas públicas fomentam a aquisição de alimentos produzidos localmente. Por isso, em fevereiro de 2018 foi realizada pela primeira vez, na alimentação escolar de São Paulo, a assinatura de um contrato para fornecimento de hortaliças folhosas orgânicas e em fase de transição agroecológica oriundas da agricultura familiar.

Além das hortaliças, a alimentação oferecida aos estudantes conta com banana, suco de uva e arroz orgânico no cardápio, além de outros alimentos, também produzidos pela agricultura familiar, como fubá, manteiga, requeijão cremoso, farinha de mandioca, carne suína, iogurte de frutas e de morango.

Vídeo da campanha:


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