Os 50 anos da Apollo 11 – 7 curiosidades sobre o projeto

11 de julho de 2019 Artes e Cultura
Os 50 anos da Apollo 11 – 7 curiosidades sobre o projeto

50 anos de Apollo 11

Confira 7 curiosidades que antecederam o projeto

No dia 20 de julho comemora-se os 50 anos da chegada do homem à Lua. Um acontecimento que só foi possível por conta de diversas descobertas e curiosidades que antecederam a decolagem do voo tripulado da Apollo 11. Abaixo, segue uma lista com 7 fatos curiosos que antecederam a decolagem do homem à Lua, e que podem ser encontradas no livro 100 passos até uma pegada (Editora Tordesilhas), do autor Lauro Henrique Jr.

O fascínio pela Lua

Cerca de 1300 a.C.

O fascínio pela Lua acompanha a humanidade desde a época em que nossos mais longínquos ancestrais olhavam assombrados para aquele astro brilhante e em constante metamorfose pelo céu. Segundo alguns estudiosos, os homens do período paleolítico não só já teriam conhecimento das fases da Lua como teriam até feito tentativas rudimentares de registrá-las.

O pesquisador americano Alexander Marshack, por exemplo, publicou um estudo no qual defende que as inscrições feitas num pequeno pedaço de osso encontrado na região da Dordonha, na França, são registros do que seria o primeiro calendário lunar conhecido. De acordo com Marshack, que trabalhou no Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia da Universidade Harvard, as marcas foram gravadas no osso numa sequência lógica, com formatos e profundidades diferentes, de modo a refletir a própria variação dos ciclos lunares.

Flechas de fogo

Século X

A partir dessa época, os chineses começam a usar a pólvora – a explosiva mistura de enxofre, salitre e carvão que haviam inventado – para criar os primeiros foguetes da história. Desenvolvidos como armas de guerra, os mecanismos eram constituídos basicamente de cilindros de bambu cujo interior era preenchido com pólvora. Após a\ ignição, esses foguetes lançavam flechas ou projéteis de metal. A relação íntima entre esses armamentos ancestrais e os futuros bólidos espaciais aparece em outra curiosidade da própria língua chinesa: o ideograma para o termo “flecha de fogo” é o mesmo que, hoje, se usa para a palavra “foguete”. Mediterrâneo.

As crateras

1651

Ao apresentar ao mundo o seu mapa da Lua, que havia elaborado em parceria com Francesco Maria Grimaldi, o astrônomo italiano Giovanni Battista Riccioli inaugurou o sistema de batizar as crateras lunares com os nomes dos filósofos e cientistas mais importantes da história. Ainda hoje, dezenas de crateras são chamadas pelos nomes dados por ele, que, obviamente, também foi homenageado ao batizar a imensa Cratera Riccioli, que tem cerca de 140 quilômetros de diâmetro.

Conquistando o céu

1709

As primeiras experiências bem-sucedidas de conquistar o espaço foram feitas com balões de ar quente. E um dos pioneiros nesse tipo de tecnologia foi o padre e inventor luso-brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão. Nascido na cidade de Santos, ele ficou famoso ao realizar várias demonstrações perante a corte portuguesa, em Lisboa, do objeto voador que havia construído: um pequeno balão de ar quente, feito de um papel grosso, que ficou conhecido como Passarola.

Embora não haja registro oficial do experimento, apenas o relato de testemunhas da época, sabe-se que Bartolomeu de Gusmão conseguiu fazer sua invenção alçar voo e flutuar por algum tempo antes de cair no chão.

Balão espacial

1783

Aprimorando a “espaçonave” criada pelo padre Bartolomeu de Gusmão, os franceses Jacques-Étienne e Joseph-Michel Montgolfier, conhecidos como irmãos Montgolfier, desenvolveram balões capazes de sustentar o peso de uma pessoa, finalmente

realizando a proeza de colocar os primeiros seres humanos no ar em segurança.

Depois de fazer algumas apresentações públicas de sua invenção – em que chegaram a enviar uma ovelha, um galo e um pato como passageiros do balão –, no dia 21 de novembro os irmãos Montgolfier deixaram a população de Paris em êxtase ao lançar pelo espaço o seu enorme aeróstato, que sobrevoou a cidade por cerca de 25 minutos com os pilotos Jean-François Pilâtre de Rozier e François Laurent d’Arlandes a bordo.

A façanha da dupla de inventores posteriormente lhes garantiu uma homenagem em solo lunar, onde dão nome à Cratera Montgolfier. Só que, no caso deles, há uma curiosidade a mais.

A Montgolfier faz parte de um conjunto de crateras cujo formato peculiar acabou ganhando o apelido de “pata do gato”, e foi justamente bem perto desse local que, quase dois séculos após a decolagem dos irmãos franceses, os astronautas da Apollo 11 pousaram o seu “balão” na Lua.

Foto da Lua

1849

As primeiras fotos realmente nítidas da Lua foram feitas pelos americanos John Adams Whipple, um dos pioneiros da fotografia, e William Cranch Bond, astrônomo e primeiro diretor do Observatório da Universidade Harvard. Após inúmeras tentativas, em que usaram o enorme telescópio do observatório de Harvard e um daguerreótipo – antigo aparelho que fixava as imagens numa placa de cobre –, os dois conseguiram capturar uma foto ainda hoje surpreendente do nosso satélite.

Animais no espaço

1957

Um mês após o lançamento do Sputnik 1, a União Soviética colocou o primeiro ser vivo no espaço a bordo do Sputnik 2, a cadelinha Laika. Pesando cerca de 6 quilos, e com aproximadamente dois anos de idade, a vira-lata havia sido recolhida das ruas para fazer parte das pesquisas do programa espacial soviético. A cachorrinha foi submetida a um treinamento intenso e, tão logo sua proeza foi divulgada, transformou-se em celebridade mundial. Seu destino, porém, foi trágico.

Apesar da tragédia e da polêmica gerada por sua morte, a viagem ajudou a compreender os mecanismos capazes de sustentar a vida no espaço. Ao longo dos anos, vários outros animais, como ratos, aranhas e chimpanzés, foram enviados ao espaço, só que, dessa vez, tomando-se o cuidado de preservar a vida dos “bichonautas”.


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