Cinema nacional independente lança o longa “Não sei qual cidade se passa aos olhos dele”

8 de maio de 2019 Teatro, TV e Cinema
Cinema nacional independente lança o longa “Não sei qual cidade se passa aos olhos dele”

Longa “Não sei qual cidade se passa aos olhos dele”, estreia em 2019 em Mostras de filmes pelo Brasil

O pai quer fazer um filme com seu filho, que por sua vez, deseja mesmo é fazer seu próprio filme, esse é o mote do longa que mostra o conflito entre as gerações e a diferença do olhar da criança e do adulto 

Crédito imagens: Paula Melo

Não sei qual cidade se passa aos olhos dele, primeiro longa da Cia Banquete Cultural como produtora, e da Xique Xique Neon como pós-produtora, estreia na 18ª edição da Mostra do Filme Livre – maior mostra de cinema independente brasileiro – que acontece nos Centros Culturais Banco do Brasil, das cidades de São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro, de março a junho.

Segundo o coprodutor e diretor de elenco, Jean Mendonça, o filme surgiu de uma peça de teatro da Cia Banquete Cultural, Áurea, a lei da Velha Senhora, escrita e dirigida por ele e ganhadora do prêmio Funarte Myriam Muniz, em 2015. Negrinho era uma personagem da peça que só aparecia em vídeo, mas que dialogava com os atores no palco. O curta Negrinho, de Jean Mendonça e José Mauro Pinheiro, criado especialmente para o espetáculo teatral, serviu de inspiração para o longa Não sei qual cidade se passa aos olhos dele, que começa a ser exibido em festivais em 2019.

Sobre o filme – Um filme de família. O pai quer fazer um filme com seu filho João que, por sua vez, deseja mesmo é fazer seu próprio filme. Assim, entramos em uma fronteira invisível, e sempre deslocada, entre a vida e a morte, entre quem filma e quem é filmado, entre um forasteiro e um morador, entre uma geração e outra. João recusa uma linha divisória entre esses dois mundos e fabrica suas próprias imagens, no celular. Aos olhos de um narrador-tripé, ele tem passos pequenos, uma timidez que se contrapõe ao olhar astuto quando é sua vez como observador. Um menino que propõe e frui, ainda sem assumir, em atitude sobreposta. João é Negrinho, mas também é João, duplo em si mesmo assim como todos ali, inclusive a própria cidade que ele acaba de conhecer e estranhar.

“João Mendonça, performer principal, tinha 5 anos na época da gravação do curta. Sua figura desafiadora no set reservou ao filme espaços que não existiriam, caso fosse um ator mirim profissional. Suas recusas à atuação contribuíram para uma experiência que se recriou em escuta às suas intervenções, e por isso, ainda que com apenas 9 anos, eu o provoquei para o gesto de integrar simbolicamente a equipe de direção”, conta a diretora, Thaís Inácio.

Dirigido por João Bernardo Mendonça e Thaís Inácio, o longa conta com a participação dos atores Marcus Liberato e Cláudia Barbot, que também atuaram na peça que deu origem ao filme, expandindo a narrativa do teatro. Por meio de uma estética híbrida, entre documentário e ficção, o filme trabalha a presença de diversos moradores das cidades em situações performáticas, em uma troca que se propõe a reinventar seus próprios cotidianos, assim como o ponto de partida na criação. Entre eles, o menino Felipe Passos e a Dona Ilídia, uma senhora dos seus “cento e poucos” anos, que faz a avó no enredo. Evandro Passos, dançarino, diretor e professor, faz a produção local do longa, Jean Mendonça é coprodutor e diretor de elenco, e Sérgio Pererê, ator e músico, conduz o canto da procissão.

O filme será exibido dentro da 18ª Mostra do Filme Livre, com entrada gratuita. Em São Paulo, o longa será exibido no dia 14 de abril, às 19h30, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Alvares Penteado, 112, Centro). Já no Distrito Federal, a exibição acontece no dia 4 de maio, às 17h, no Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, lote 22). Os moradores da cidade do Rio de Janeiro contam com duas oportunidades, a primeira no dia 11 de maio, às 18h e a outra no dia 25 de maio, às 19h15, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro). Mais informações sobre o longa Não sei qual cidade se passa aos olhos dele, no site https://www.xxneon.com/__narrativas-visuais/naosei/.

O Longa acaba de ser selecionado para participar do Amazônia DOC – Festival Pan-Amazônico de Cinema 2019, de 30 de maio a 7 de junho.

 Serviço

Não sei qual cidade se passa aos olhos dele – 18ª Mostra do Filme Livre
São Paulo – 14/04 (domingo) – 19h30 – CCBB (Rua Alvares Penteado, 112, Centro, SP)
Distrito Federal – 04/05 (sábado) – 17h – CCBB (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, lote 22, Brasília)
Rio de Janeiro – 11/05 (sábado) – 18h e 25/05 (sábado) – 19h15 – CCBB (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – RJ)

 

 Ficha técnica:


Longa:
 Não sei qual cidade se passa aos olhos dele
Ano:
 2019  / Duração: 74 minutos / Classificação Indicativa: 14 anos
Direção: Thaís Inácio e João Bernardo Mendonça
Coprodutor e Diretor de Elenco: Jean Mendonça
Produção: Banquete Cultural / Pós-Produção: Xique Xique Neon
Preparação de João Mendonça: Juliana Ferraz / Montagem: Luiz Giban, edt. (in memoriam) e Thaís Inácio /Assistente de Montagem: Desiré Taconi e Rodrigo de Castro / Edição de Som: Rodrigo de Castro e Thaís Inácio / Correção de Cor: Desiré Taconi / Assistência de Direção e Continuidade: Gabriel Pacheco / Direção de Fotografia: John C. M. e Paula Melo / Captação de Imagens Sony F3: John C. M. / 1º Assistente de Captação de Imagens Sony F3: Léo Fiuza / 2º Assistente de Captação de Imagens Sony F3 e Logger: Patrick D’Orlando / Narrativa Visual com Celular e Canon 7D: João Bernardo Mendonça, Marcia Otto, Paula Melo, Patrick D’Orlando, Thaís Inácio e Jean Mendonça / Still: Paula Melo / Direção de Arte: Antoine Arte /Captação de Som: Uerlem Queiroz / Ass. Captação de Som: Bebel Rodriguez / Produção Executiva: Marcia Otto / Produtor Local: Evandro Passos / Ass. de Produção: Vanessa Botelho e Felipe Marcondes
Performers: Moradores do Quilombo Vila Nova, Moradores de São Gonçalo do Rio das Pedras, Serro e Diamantina, João Bernardo Mendonça, Adriani Romária, Cláudia Barbot, Marcus Liberato, Felipe Passos, Evandro Passos, Sérgio Pererê e Dona Ilídia.


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