Neymar faz balanço de 2019, sonha com Copa América e monta ‘dream team’ de seu torneio mundial
Craque reflete sobre momentos de superação em temporada ‘muito difícil’, destaca força do PSG e elogia Rodrygo e Vinicius Jr durante entrevista especial
Neymar interage com parças e campeões de seu torneio mundial durante gravação para lançamento da quinta edição do Red Bull Neymar Jr’s Five (Crédito: Hadrien Picard/Red Bull Content Pool)
Craque da Seleção Brasileira e do Paris Saint Germain (FRA), Neymar Jr completou, em 2019, dez anos desde a sua estreia como atleta profissional. Durante gravação para o lançamento da quinta edição do Red Bull Neymar Jr’s Five, maior torneio de futebol amador do mundo, o atacante fez uma balanço da sua trajetória e as lições que teve nesta temporada.
Ao longo da entrevista, o craque, mais experiente e calejado, ainda destacou a força do PSG rumo ao título inédito da Liga dos Campeões, a decisão de representar o País na Copa América, neste ano, a torcida pelos sucessos de Vinicius Jr e Rodrygo e a idolatria pelo ex-goleiro Marcos. Confira, abaixo, as declarações do camisa 10 da Seleção Brasileira:
Eu acho que superação. 2019 foi um ano muito difícil para mim em todos os sentidos, tanto profissional quanto pessoalmente. Foi um ano de aprendizado, de muitas reviravoltas. Acabei me machucando e tive que voltar a me reerguer novamente. Depois, acabei me machucando novamente. Então, foi um ano de superação, de reviravoltas. Mesmo que possa ter parecido ruim, foi um ano de muito aprendizado, de muita experiência. Que 2020 seja melhor.
PSG começou muito bem a Liga dos Campeões da Europa esse ano. Você acha que essa temporada é a grande chance de vocês se tornarem campeões?
Pode ser que sim. Em questão de elenco, desde que estou aqui, é o ano em que estamos mais preparados, mais fortes em todos os sentidos. Temos chances, sim. Por mais que o Paris nunca tenha vencido a Champions League, a gente vai brigar por tudo. Sabemos da nossa qualidade, do nosso elenco e esperamos, obviamente, que no final de tudo possamos estar lá na decisão.
Você tem 27 anos e, como disse, está evoluindo. Acredita que o seu melhor ainda está por vir?
Acho que em tudo na vida. Claro que já aconteceram muitas coisas boas, mas eu sempre quero mais, quero me superar, quero novos desafios e espero que a cada jogo, a cada ano que possa vir, que venha com coisas boas, bons frutos e novas experiências.
Você já estreou há 10 anos. Quais foram os defensores que você teve mais dificuldade?
Eu nunca temi nada. Eu tenho respeito. Eu sempre falo do Sérgio Ramos, que é um dos defensores que eu enfrentei e respeito muito por tudo o que ele é no futebol. E joguei com três zagueiros que são foras de série: Piqué, Thiago Silva e Marquinhos.
Você é um grande batedor de pênaltis. Mas, tem algum goleiro que te assusta, que te deixa um pouco incomodado?
Não. Uma das qualidades que eu tenho, e nenhum atacante pode deixar de possuir, é não temer o goleiro. Todo atacante tem de torcer pra ver o goleiro toda hora na partida para ter a possibilidade de fazer o gol. Quanto mais vezes eu possa ver o goleiro na minha frente, melhor pra mim. Eu já enfrentei muitos goleiros grandes, gigantes. Tem um que sempre fui fã, desde pequeno, que é o Marcos. É um dos goleiros que eu tive a oportunidade de enfrentar e pude fazer um gol nele. Eu guardo isso com muito carinho.
Quais são as suas maiores expectativas para 2020?
Minha maior expectativa é vencer tudo o que eu puder com o Paris e com a Seleção Brasileira. Buscar novos desafios, chegar à final da Champions League, vencer a Copa América novamente. Então, são esses desafios que eu pretendo conseguir em 2020.
Você já atuou ao lado de grandes jogadores, mas se pudesse escolher apenas um que você nunca jogou juntos, mas gostaria de ter ao lado. Quem seria?
É difícil, é difícil. Tem muitos jogadores que eu gostaria de ter jogado. Posso falar mais de um? Romário é um deles, Ronaldo, por mais que eu tenha jogado a despedida com ele, Zidane e Ibrahimovic.
Se você pudesse montar um time para o Red Bull Neymar Jr’s Five somente com atletas nascidos fora do Brasil, quais seriam os escalados? Um time com jogadores que ainda estão em atividade e outro com os já aposentados.
Que está jogando agora: Messi, Suarez, Mbappé, Pogba e Hazard. E com os que já pararam, seriam Xavi, Lampard, Gerrard, Beckham e Henry.
Você tem boa proximidade com Vinicius Jr e Rodrygo. O quanto você acha que eles podem chegar pelo clube e na Seleção Brasileira?
Tanto o Rodrygo quanto o Vinicius Jr são jogadores de grande qualidade. Estão demonstrando isso no Real Madrid e estou torcendo para que eles possam vencer, desfrutar do futebol europeu. Eles estão há pouco tempo, vão criar experiência, amadurecer um pouco mais e vão ser muito melhores do que são agora. No Brasil, a galera é um pouco apressada. Querem que eles resolvam logo, que eles arrebentem com todos os campeonatos. A adaptação é difícil. É difícil chegar jogando em alto nível em um clube como Real Madrid e Barcelona, além de outros. Mas, os dois estão surpreendendo. E isso demonstra que eles têm maturidade, uma personalidade que é surreal. Eu só espero que eles sigam neste caminho, focados, nunca deixem de ser feliz, desfrutem do futebol e eu estarei na torcida.