Acervo de literatura de cordel de Antonio Nóbrega vira biblioteca física e virtual
Acervo de literatura de cordel de Antonio Nóbrega vira biblioteca física e virtual aberta ao público
Coleção pessoal do artista reúne mais de cinco mil exemplares. Obras serão disponibilizadas pela internet e em uma biblioteca física no Instituto Brincante
O acervo pessoal de folhetos de cordel de Antonio Nóbrega vai virar uma biblioteca no Instituto Brincante, que será aberta o dia 12 de março (quinta-feira). São mais de seis mil exemplares que farão parte do “Acervo Brincante de Literatura de Cordel – Coleção Antônio Nóbrega”. O material foi coletado pessoalmente pelo artista, ao longo de suas andanças e pesquisas pelo país nas últimas décadas. Há também folhetos oriundos da coleção do jornalista e museólogo Luiz Ernesto Kawall adquirida por Nóbrega.
Parte das obras, cerca de 300 exemplares que já são de domínio público, será disponibilizada também em um portal na internet para consulta e download. O site também estará no ar a partir de 12 de março. No Brincante, o público terá a possibilidade de acesso ao acervo completo em um ambiente de pesquisa e estudo preparado especificamente para o projeto.
Uma equipe especializada trabalhou no processo de reparos e descrição do material. O grupo atuou também em uma extensa pesquisa de confirmação de autoria, data e validação de dados sobre cada peça. Alguns exemplares foram editados nas primeiras décadas do século XX e passaram por um processo minucioso para garantia de conservação.
A ideia da Biblioteca não é só a de preservar uma das maiores coleções do Brasil, mas também a de compreender um país narrado pela voz popular.
A execução e a coordenação técnica do projeto são da artista visual Marina Januzzi Nabuco de Araújo, que trabalhou nas coleções de Literatura de Cordel e Fundo Aracy Amaral e no Serviço de Arquivo e no Laboratório de Conservação e Restauro do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, em parcerias com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Itaú Cultural.
Marina teve auxílio de Karoliny Borges, historiadora pela USP, com atuação em preservação, memória e arquivologia. Em sua iniciação científica, com o título: “Acabou o papel: práticas de memória, cultura visual e transformações urbanas – São Paulo (1948-1988)”, ela organizou a documentação pessoal de Nery Rezende. A pesquisadora colaborou no Arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros junto ao projeto de organização das cartas do músico Camargo Guarnieri e iniciou a organização do fundo pessoal do geógrafo Manuel Correia de Andrade. Atualmente faz parte do projeto de organização dos Fundos Antonio Candido e Gilda de Mello e Souza.
“Este acervo conta com o apoio do Edital de Apoio à Digitalização de Acervos – Secretaria Municipal de Cultura”.
Realização: Prefeitura de São Paulo — Cultura
Serviço
Acervo Brincante de Literatura de Cordel – Coleção Antônio Nóbrega
Lançamento do site e abertura da biblioteca no Instituto Brincante: 12/03