Marieta Severo roda o longa Noites de Alface na Ilha de Paquetá (RJ)
COMEÇAM EM PAQUETÁ AS FILMAGENS DE ‘NOITES DE ALFACE’, ESTRELADO POR MARIETA SEVERO
Filme é inspirado no romance homônimo da jovem escritora Vanessa Bárbara
Crédito: Guilherme Azevedo
Começaram, no dia 12 de novembro, na Ilha De Paquetá, no Rio de Janeiro, as filmagens de Noites de Alface, produzido pela Afinal Filmes, estrelado por Marieta Severo e Everaldo Pontes. O filme, que será rodado ao longo deste mês, conta com roteiro de Zeca Ferreira e marca sua estreia como diretor de longas de ficção. Premiado diretor de curtas-metragens, é também documentarista e foi assistente de direção de cineastas como Nelson Pereira dos Santos (Raízes do Brasil), Hugo Carvana (Casa da Mãe Joana) e Miguel Farias Jr (Chico, artista brasileiro). Inspirado no romance homônimo da escritora paulista Vanessa Bárbara, o roteiro traz um drama pontuado por elementos sutis de humor e pitadas de suspense, percorrendo a solidão de Otto (Everaldo Pontes) após a morte de sua esposa, Ada (Marieta Severo). E mostra sua dificuldade em lidar com a aceitação e com as tarefas cotidianas e, principalmente, em se relacionar com a vizinhança, coisa que a mulher fazia com maestria. “Se fosse necessário definir um grande tema para localizar Noites de alface, diria que é um filme sobre como é envelhecer, comportando então uma série de subtemas dele derivados: a solidão, as perdas, o isolamento, as limitações físicas, o medo de perder a razão – e a proximidade da morte. O que torna o projeto original é a forma leve com que se aproxima de assuntos tão densos e espinhosos”, resume o diretor.
Sem seu placebo para as noites de insônia – o famigerado chá de alface preparado pela esposa, que explica o título do filme – e arrasado com a partida de sua companheira, após 50 anos de casamento, o amante de histórias de suspense se vê obrigado a reconsiderar sua postura com os vizinhos, que estão acostumados a serem tratados por Ada com bolos e cafés da tarde: o farmacêutico Nico (João Pedro Zappa), especialista em bulas de remédio e inconveniente nas horas vagas, a excêntrica Dona Iolanda (Teuda Bara), Teresa (Inês Peixoto) e seus cachorros barulhentos, Mayu (Lumi Kim) e seu avô, o velho Taniguchi (Antônio Sakatsume), um japonês ex-combatente de guerra que sofre do mal de Alzheimer. Além de Aníbal (Romeu Evaristo), o carteiro, e seu substituto, Aidan (Pedro Monteiro).
Entre a rotina da pacata vila e seus sonhos e delírios causados pela ausência de Ada, Otto, dentro de sua cortante e triste solidão, começa a ruminar o passado e trazer à tona pequenos detalhes de conversas e fatos para os quais não deu tanta importância, mas que, agora, revelam-se uma possível trama digna de suas histórias de suspense. Cada dia pior da insônia, Otto vai juntando lembranças como peças de um grande quebra-cabeça que aponta o possível envolvimento de Ada em uma história obscura arquitetada com os vizinhos. Seria tudo criação da mente de Otto ou realidade? Ele precisa decidir até onde, de fato, quer saber da verdade.
SINOPSE
Com a morte de sua esposa, Ada (Marieta Severo), Otto (Everaldo Pontes), um velho ranzinza e fechado, se vê obrigado a estreitar sua relação com os moradores da vila onde vive. Acuado em sua casa amarela, assiste ao cotidiano da vizinhança ao mesmo tempo em que mergulha em histórias de suspense, que embalam suas noites de insônia. Entre a realidade e a ficção, nos vemos diante de um caso de suspense digno de best seller, onde Ada pode ser uma das protagonistas. Caberá a Otto decidir até onde quer, de fato, saber a verdade.
ELENCO
Ada – Marieta Severo
Otto – Everaldo Pontes
Teresa – Inês Peixoto
Iolanda – Teuda Bara
Nico – João Pedro Zappa
Mayu – Lumi Kin
Sr. Tanaguchi – Antonio Sakatsume
Anibal – Romeu Evaristo
Aidan – Pedro Monteiro
Augusto – Izak Dahora
FICHA TÉCNICA:
Direção e Roteiro: Zeca Ferreira
Produzido por: Marcelo Pedrazzi e Alexandre Rocha
Baseado no livro “Noites de Alface” de Vanessa Bárbara
Produção Executiva : Tânia Leite
Direção de Fotografia : Miguel Vassy
Direção de Arte: Ana Paula Cardoso
Som: Etienne Chambolle
Figurinista: Fernanda Fabrizzi
Maquiagem: Italo Parigi
Produtor Associado: Vitor Brasil
Um produção Afinal Filmes
Distribuição Pipa Filmes
SOBRE A AFINAL FILMES
A Afinal Filmes foi criada em 1998 e iniciou seus trabalhos prestando serviços de montagem e coordenação de finalização para Cinema e TV trabalhando com grandes projetos e diretores de renome no audiovisual brasileiro. Com foco no entretenimento, a partir de 2003 iniciou uma série de investimentos no sentido de transformar a experiência acumulada por seus sócios em uma casa de pós-produção, otimizando conhecimento e tecnologia a empresa é hoje uma referência no mercado brasileiro.
Neste caminho, a Afinal Filmes, também buscou a valorização de nossa memória, e investiu em um setor de restauração e remasterização digital de filmes em película. A partir do escaneamento da película em 4K é feita uma cópia digital nova, dando uma nova oportunidade para o público ver clássico como Vidas Secas e Assalto ao Trem Pagador na tela grande novamente.
E completando o cenário, a Afinal estende seus braços também para a produção. A empresa coproduziu diversos filmes de destaque nacional como Paulo Moura – Alma Brasileira (Eduardo Escorel); A Era dos Campeões (Cesário Mello Franco e Marcos Bersntein); O Relógio do Meu Avô (Alex Heller); Mulheres no Poder (Gustavo Acioly); coproduções internacionais com Verses at Work (Lucas Mendes – Estados Unidos), The Wolf of the East (Carlos Quintela – Japão) e The Russian Playground (Kate Hartnoll – Inglaterra). Começou a desenvolver conteúdo original criando um núcleo de projetos, e em seu portfólio tem os longas documentais Ensaio sobre o Silêncio (Zeca Ferreira) e Eu Sou Carlos Imperial (Renato Terra e Ricardo Calil), finalista do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2016, indicado na categoria melhor documentário e montagem; O longa de ficção inédito Jovens Polacas (Alex Heller) com previsão de lançamento em 2019 e está desenvolvendo a série O Maestro e documentários Nós, as Mulheres de Helena Solberg, 1968, um ano na vida de Eduardo Escorel e Migliaccio, o Brasileiro em cena de José Joffily.