Marcus Moreno dança a efemeridade da existência em espaços da cidade

6 de maio de 2019 Artes e Cultura
Marcus Moreno dança a efemeridade da existência em espaços da cidade

Marcus Moreno dança a efemeridade da existência em espaços da cidade

Foto Claudia Magalhães (A Flor da Lua) 

Em maio, o bailarino e ator Marcus Moreno segue em circulação com “A Flor da Lua”, trabalho solo que fala da passagem do tempo, usando como metáfora a rara flor de um cacto, que ao desabrochar dura apenas uma noite, por espaços descentralizados da cidade:  dia 3/5 (sexta-feira), às 19h, dança no Centro Cultural Santo Amaro, na Zona Sul; e na terça, 7/5, às 20h, no CEU Jaçanã – Centro de Educação Unificada, na Zona Norte. A proposta de circulação se encerra em junho, no espaço Capital 35, sede da Jorge Garcia Cia de Dança, na Zona Oeste da cidade. A entrada é sempre gratuita.

Espécie pouco conhecida, geralmente encontrada em florestas tropicais, nos relatos daqueles que tiveram oportunidade de experienciar sua rebentação costuma-se falar de seu perfume intenso e do movimento constante de suas pétalas que se abrem a caminho do encerro. Um desses relatos, o da artista e ilustradora botânica Margaret Mee, serviu de ignição para a “Flor da Lua”, de Marcus Moreno: “Enquanto eu me postava ali, com a orla escura da floresta ao meu redor, sentia-me enfeitiçada. Então, a primeira pétala começou a se mexer, depois outra e mais outra, e a flor explodiu para a vida”, registrou Mee em sua última expedição à Amazônia, quando finalmente, aos 79 anos, após deixar a prancha preparada, ilustrando o cacto e as folhagens, acolheu a Flor da Lua em sua efêmera existência.

Tal como a flor da lua nasce e perdura por uma única noite, a dança, criada em nove breves capítulos – do Prólogo ao Amanhecer -, vai se constituindo a partir do instante presente,  tendo em mente os limites entre o visível e o imperceptível no espaço em que o corpo se movimenta, e como o corpo, que se constitui na ação de dançar, se modifica ao longo da própria dança e se expande a caminho do encerro.

As apresentações fazem parte de projeto contemplado pelo 25º edital do Programa Municipal de Fomento à Dança

Vídeo no Youtube:

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Serviço:

“A Flor da Lua”, de Marcus Moreno

03 de maio (sexta-feira), às 19h
Centro Cultural Santo Amaro (Zona Sul)
Endereço: Av. João Dias, 822 – Santo Amaro, São Paulo
Tel: 5541-7057

07 de maio (terça-feira), às 20h
CEU Jaçanã (Zona Norte)
Endereço: R. Francisca Espósito Tonetti, 105 – Jardim Guapira, São Paulo
Telefone: (11) 3397-3950

08 de junho (sábado), às 19h
Capital 35 (Zona Oeste)
R. Capital Federal, 35 – Sumaré, São Paulo

Duração: 50  Minutos

Classificação indicativa: Livre

 

A Flor da Lua – Capítulos Breves

#1 – Prólogo. Do desejo de seguir dançando. Daquilo que antecede o desejo. Pólen.

#2 – Universo em expansão. Semente.

#3 – Sobre um modo de acolher. Preparo constante. Instante. Folhagem.

#4 – Para insistir em brotar.

#5 – Orla escura de uma floresta ao meu redor.

#6 – Espera. Calma. Canção.

#7– A Flor da Lua. Um instante-já.

#8 – Mirrar. Esgotar. Desvanecer.

#9 – Amanhecer.

Ficha Técnica

Concepção e dança: Marcus Moreno | Música original: Manuel Pessôa de Lima | Adaptação e operação de Luz: Dida Genofre | Assistente de produção: Juliana Vinagre | Produção executiva: Cristiane Klein | Coordenação e administração do projeto: Dionísio Produção


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