Poemas Atlânticos – Menos1 Invisível Núcleo de Dança

3 de setembro de 2021 Artes e Cultura
Poemas Atlânticos – Menos1 Invisível Núcleo de Dança

 “Poemas Atlânticos”, recente criação do Menos1 Invisível, tem últimas exibições em cinco espaços da cidade 

Em setembro, “Poemas Atlânticos”, a mais recente criação do Menos1 Invisível Núcleo de Dança, inspirada no pensamento do ensaísta, filósofo e poeta martinicano Édouard Glissant, para abordar a necessidade de trânsito e cooperação inter-racial como forma de sobrevivência num mundo hostil ao diferente, encerra a temporada de apresentações online transmitidas por cinco espaços parceiros: 2/9, às 19h, Casa de Cultura do Campo Limpo, dia 3, às 18h, Biblioteca Marcos Rey, ambas da Zona Sul de São Paulo; dia 10/9, às 18h, Casa de Cultura Raul Seixas, dia 11, às 20h, Casa de Cultura do Hip Hop Leste, as duas na Zona Leste, e a última apresentação rola dia 12, às 16h, pela Casa de Cultura do Butantã, da região Oeste. Os ingressos gratuitos devem ser reservados no link  https://www.sympla.com.br/produtor/menos1invisivel

Tendo a água como fio condutor do trabalho, os sete bailarinos-criadores – Edi Cardoso, Felipe Cirilo, Mônica Caldeira, Paulina Alves, Rafael Carrion, Rafael Markhez e Cléia Plácido – fazem um mergulho profundo em temas relacionados à ancestralidade de um corpo forçado a fazer sua travessia sobre o Atlântico.  Primeiro, dançam a escassez, a tentativa de manter-se e sustentar relações insustentáveis, até uma total transformação, a partir da força da coletividade e do vislumbre de outras camadas de encontros, revelando novas formas de habitar o mundo, de celebrar a vida e a coexistência, sem a criação de muros – reais ou abstratos.

Principal elemento poético-cenográfico, o balde, que sobre a cabeça remete à reminiscência da lata d’água tão presente nos sertões do mundo afro-atlântico e nas lembranças de infância periféricas, retrata as relações de poder, subjugação e ausência, mas também provoca outras presenças e memórias que ecoam vitalidade, pertencimento e resiliência.

Criação coletiva, “Poemas Atlânticos” tem luz de Hernandes Oliveira, trilha sonora de Sandra-X e Valquíria Rosa, com participação de Pedro Peu, e figurinos assinados por Samara Costa. Durante o processo de criação, Wellington Duarte (Núcleo Entretanto) atuou como provocador dramatúrgico e Eduardo Fukushima e Pedro Peu colaboraram na preparação corporal.

“Poemas Atlânticos” integra o projeto “Mergulho”, contemplado pela 28ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo.


Serviço

“Poemas Atlânticos” – Menos1 Invisível – Núcleo de Dança

02/9 (quinta), 19h – Casa de Cultura do Campo Limpo
03/9 (sexta), 18h – Biblioteca Marcos Rey
10/9 (sexta), 18h – Casa de Cultura Raul Seixas
11/9 (sábado), 20h – Casa de Cultura Hip Hop Leste
12/9 (domingo), 16h – Casa de Cultura do Butantã

Link para reserva de ingressos gratuitos
https://www.sympla.com.br/produtor/menos1invisivel

Classificação indicativa: 16 anos.


A companhia

O Menos1 Invisível surgiu em 2012, com a proposta de investigar procedimentos artísticos que integravam corpo, imagem e sonoridades com o encontro inicial entre o músico Luis Vitor Maia, o artista visual Daniel Freitas e a bailarina Cléia Plácido. A primeira criação, “Passeio Dentro da Paisagem” (2013), inspirada na cena “Corvos”, do filme de Akira Kurosawa, foi apresentada na Mostra de Dança da Fábrica de Cultura Jd. São Luís, Festival Baixo Augusta, 6ª Mostra Lugar Nômade de Dança e Projeto Proart, em versões solo, duo e trio, com colaborações do músico Marcos Battistuzi e dos bailarinos Evandro Gonçalves, Pedro Penuela e Tatiane Ramos. No ano seguinte, em parceria com o artista visual Daniel Seda, teve lugar a criação de “Turning Dance”, o primeiro experimento sobre as obras de Willian Turner. Na Ocupação da Casa Amarela, realizaram intervenções artísticas e os vídeosdança “Dança na Casa Amarela” 1 e 2. Em 2017, realizaram a Residência Artística no E.T.A., do SESC Itaquera, com intervenções e performances para crianças e adultos. 2018 foi o ano de “Flutuante”, sob a direção de Luísa Coser, no Centro de Referência da Dança. Em 2019, estrearam, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, o segundo espetáculo inspirado na obra de Turner, “Zona”, também dirigido por Luísa Coser, contemplado pelo 25º edital de Fomento à Dança SP, depois apresentado no Centro de Referência da Dança, na Funarte/SP e na Mostra Dança se Move Ocupa.

Ficha Técnica

Concepção, direção geral e artística: Cléia Plácido
Artistas da dança e co-criadores: Edi Cardoso, Felipe Cirilo, Mônica Caldeira, Paulina Alves, Rafael Carrion, Rafael Markhez e Cléia Plácido.
Provocações dramatúrgicas: Wellington Duarte
Preparação corporal: Eduardo Fukushima e Pedro Peu
Trilha sonora: Sandra-X, Valquíria Rosa e participação de Pedro Peu
Desenho de Luz: Hernandes Oliveira
Figurino: Samara Costa
Assessoria de imprensa: Elaine Calux
Redes sociais: Renata Pimpinatti, Rúbia Galera e Talita Bretas (Portal MUD)
Produção: Dafne Nascimento e Kelson Barros

 


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