Protagonismo às pessoas com deficiência – 2ª Edição do Festival Acessa BH chama atenção para o Setembro Verde

28 de setembro de 2022 Atualidades
Protagonismo às pessoas com deficiência – 2ª Edição do Festival Acessa BH chama atenção para o Setembro Verde

Protagonismo às pessoas com deficiência:  2ª edição do Festival Acessa BH chama atenção para o Setembro Verde

*Com cerca de 50 atrações, o evento vai até 31 de outubro apresentando espetáculos teatrais, de dança, música e literatura de artistas com e sem deficiência, além de diversas atividades formativas

*Espetáculo Kiuá  Matamba – Salve a Força dos Ventos,  com Mona Rikumbi, primeira mulher negra e cadeirante a atuar no Theatro Municipal de São Paulo,  é uma das atrações, 27 de outubro, às 20h

*Show com Batuqueiros do Silêncio e o Som da Inclusão | Som da Pele (PE),  a peça “O Pequeno Príncipe”, com a Cia Fluctissonante (PR), a performance “Ah, se eu fosse Marylin!”, com o artista Edu O. (BA), e muito mais!

*Toda a programação é acessível e gratuita:  www.youtube.com/AcessaBH

A 2a edição do Festival ACESSA BH, que coloca em protagonismo às pessoas com deficiência, tanto nos palcos como no centro dos debates, trazendo o assunto da inclusão e da acessibilidade para a pauta e prática cotidiana, acontece de forma presencial e online para todo Brasil, até 31 de Outubro.

De olho no  Setembro Verde,  uma campanha nacional para conscientizar a população sobre a importância de incluir as pessoas com deficiência, e também no dia 21 de setembro, Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, o evento traz uma programação especial com mais de 50 atrações gratuitas como espetáculos teatrais, de dança, música e literatura de artistas com e sem deficiência, além de diversas atividades formativas.

 “Para o Festival e Seminário online, ampliamos o alcance, convidando artistas e profissionais de dez estados brasileiros e com olhar não só para diferentes corpos, mas também para a diversidade, com o protagonismo também de artistas mulheres e LGTBQIA+”, explica Lais Vitral, idealizadora e curadora do evento.

 Ainda nesta edição o Festival Acessa BH traz a estreia do espetáculo híbrido de dança e teatro “Ave”, composta por artistas da Ananda Cia de Dança Contemporânea e do Núcleo de Criação e Pesquisa Sapos e Afogados, show dos “Batuqueiros do Silêncio e o Som da Inclusão”, um dos poucos grupos musicais formado por pessoas com deficiência auditiva que já se apresentou em vários cantos do Brasil e participou do encerramento dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016,  a peça “O Pequeno Príncipe”, com a Cia Fluctissonante (PR), encenada em Português e Libras simultaneamente, a fim de unir os públicos surdos e ouvinte na plateia do espetáculo e  a exibição do espetáculo “Kiuá Matamba” – Salve a Força dos Ventos , com Mona Rikumbi, primeira mulher negra e cadeirante a atuar no Teatro Municipal de São Paulo.

O Festival Acessa BH parte do princípio de que a pessoa com deficiência deve ter seu direito à cultura garantido, e para isso deve poder escolher o melhor dia/horário, bem como comparecer com seus amigos e familiares.

Programação Completa (oficinas,debates, rodas de conversa e seminário): https://acessabh.com.br/festival/

Programação (Próximos dias) – Espetáculos online

 – disponíveis em www.youtube.com/AcessaBH

 

26/09 –20h – Batuqueiros do Silêncio e o Som da Inclusão | O Som da Pele (PE)

Batuqueiros do Silêncio e o Som da Inclusão é uma síntese do repertório do grupo que vai dos ritmos tradicionais de nossa cultura popular, passando pelo Maracatu de Baque Virado, Frevo, Coco de Roda, Ijexá e Ciranda, além de visitar também alguns ritmos mais contemporâneos tais como: Afro Beat, Break Beat, Drum in Bass, Raggamuffin, Reggaeton e Manguebeat, claro. O som forte das alfaias associado aos recursos luminosos que usamos nos instrumentos, somadas a mensagens que falam de atitude, inclusão e respeito, proporciona uma experiência inesquecível e que sempre ultrapassa os limites do som!

01/10 – 20h – Ah, se eu fosse Marylin! – Edu O. (BA)

Ah, se eu fosse Marilyn! é uma performance criada por Edu O. inspirada na peça “Dias Felizes” de Samuel Beckett. A partir da construção/desconstrução de imagens corporais cotidianas, reflete sobre a passagem do tempo. Isolado em seu quarto, o homem é consumido por seus objetos, roupas e livros. A forma cíclica, inconstante e impermanente como a vida vai se apresentando, nos propõe reflexões acerca da nossa trajetória, expectativas, conquistas e insucessos. Que rastros deixamos pelo caminho? Aonde chegamos? O que é dar certo? O que é o sucesso? Uma proposta artística que versa também sobre os padrões corporais e morais que se impõem às individualidades e particularidades de cada um.

04/10 – 20h – Motus – Congresso Internacional do Medo – Cia Ananda (MG)

Motus é uma criação coreográfica originada a partir do poema “Congresso Internacional do Medo”, de Carlos Drummond de Andrade. A criação entrelaça poema, dança e língua de sinais brasileira – Libras.

06/10 – 19h – Live com artistas – Anamaria Fernandes (Dançarina e coreógrafa e fundadora da Cia Ananda),  João Paulo Lima (performer, educador e escritor) e Juliana Saúde (Fundadora do Núcleo de Criação e Pesquisa Sapos e Afogados) e mediação de Brisa Marques (Artista, escritora, letrista e jornalista).

07/10 – 20h – A Corda em Si (SC)

Um contrabaixo e uma voz, duas linhas sonoras que se entrelaçam em uma dança que insinua, sugere muito mais do que mostra. O peito vibra e a voz salta no ar. Emoção, intimidade, cores de uma paisagem rica e vibrante. Fernanda Rosa e Mateus Costa, deficientes eficientes, não visuais, visionários pela proposta da corda bamba, do dia-a-dia da profissão. Equilíbrio na corda, A Corda em Si há treze anos juntos. A audiodescrição dá acesso à dignidade, lugar que pertencemos e que é de todos. No repertório dessa apresentação, composições instrumentais feitas para essa formação, poesias sobrepostas e Heitor Villa-Lobos. Fones de ouvidos fazem o peito soar, na intensidade de cada um e em cada momento… à surpresa.

11/10 – 20h – N’Otro Corpo – João Paulo Lima (CE)

N’otro Corpo é um ensaio sobre possibilidades. O que nos constitui sujeitos de nós mesmos e de nossos movimentos? Essa dança afirma reagir, resistir e empoderar. O olhar autoetnográfico de João Paulo Lima constrói um discurso sobre a história-memória-corpo. O que dizer de uma experiência que pode nascer do “corpo sem o sentido da falta”, como anota o escritor angolano Gonçalo M. Tavares? Variações lúdicas, grotescas e eróticas gravitam as ideias do intérprete e da diretora Alda Pessoa ao invadir olhares para lançar perguntas: Que corpo temos? Que corpo podemos ter?

12/10 – 16h – O Pequeno Príncipe – Cia Fluctissonante (PR)

Em sua nova montagem para crianças, a Cia. Fluctissonante revisita o clássico da literatura mundial “O Pequeno Príncipe”. Na peça, duas atrizes e um ator levam ao público a história do Principezinho que encontra um Aviador em meio ao deserto, e passa a narrar as aventuras que viveu nos planetas em que passou. Desta vez, a trama é encenada em Português e Libras simultaneamente, a fim de unir os públicos surdos e ouvinte na plateia do espetáculo.

13/10 – 20h – Frida – Vanessa Cornélio (SP)

Como uma pessoa com deficiência pode se estabelecer na arte? Como a sociedade, de modo geral, entende, recebe e se relaciona com tantas pessoas que coexistem juntas, em suas muitas e diferentes necessidades? Estas são algumas inquietações presentes em “Frida”, performance artística digital. A atriz e comunicóloga Vanessa Cornélio empresta sua pele a Frida Kahlo, celebrada artista mexicana, em um texto criado a partir de cartas, seu diário e mesmo citações em reportagens da época que ela viveu. Em suas semelhanças e individualidades, Frida e Vanessa compartilham sonhos, dores e desafios: como viver neste nosso mundo em um corpo com deficiência? Para além da performance, Vanessa traz depoimentos pessoais que se confundem com a trajetória de Frida, com falas potentes sobre as múltiplas e diversas questões que perpassam o cotidiano das pessoas com deficiência.

17/10 – 19h – Live com artistas | Giovanni Venturini, Vanessa Cornélio e Mona Rikumbi

Giovanni Venturini (Ator, palhaço, dramaturgo/roteirista e poeta),  Mona Rikumbi (Filha do Sol _  Atriz, poeta, performer, modelo) e Vanessa Cornélio (Diretora e performer). com mediação de  Brisa Marques (artista, escritora, letrista e jornalista)

24/10 – 20h – Ave – Cia Ananda e Sapos e Afogados

Ave é um documentário-espetáculo que traz fragmentos e depoimentos da criação “Ave”, composta por artistas da Ananda Cia de Dança Contemporânea e do Núcleo de Criação e Pesquisa Sapos e Afogados. Este trabalho inédito compartilha registros de gestos, sons e palavras que atravessam e constituem a construção de um espetáculo híbrido de dança e teatro. São com voos, revoadas, quedas, cantos e fúria que, poeticamente, os artistas questionam o lugar da arte na nossa sociedade e como esta tem lidado com corpos loucos e corpos violentados.

25/10 – 20h – A Não Ser – Giovanni Venturini (SP)

Partindo de perguntas e de uma reflexão cotidiana sobre sua própria condição e os diferentes olhares que recebe, Giovanni Venturini criou uma ação performativa que traz pílulas poéticas abordando a questão do nanismo como dispositivo para a criação. A apresentação tem momentos narrativos e performativos, a fim de contextualizar o universo explorado pelo artista. Além do viés da acessibilidade, o espetáculo busca provocar uma reflexão sobre a identidade única de cada ser humano e assim facilitar o processo de aceitação de suas diferenças.

26/10 – 20h – Cartas para Irene – Oscar Capucho (MG)

“Cartas para Irene” é um trabalho que fala sobre memória e saudade e se estrutura a partir de cartas escritas por Oscar Capucho à sua mãe, falecida em abril de 2012. Oscar Capucho é dançarino e ator. Ficou cego aos 9 anos devido a um descolamento de retina. Neste espaço-tempo que marca a transição entre o mundo permeado por imagens e um outro, no início obscuro, permeado de incertezas, Oscar descreve com muita emoção o papel que Irene, sua mãe, teve em sua vida.

27/10 – 20h – Kiuá Matamba – Salve a Força dos Ventos – Mona Rikumbi (SP)

Monólogo da artista Mona Rikumbi, acompanhada pelo percussionista Adetayo Ariel. Utilizando cânticos e toques do Ngoma (tambores) com referências de natureza étnica Bantu e textos autorais, a performance traz a perspectiva da cura, onde de forma lúdica “Matamba”, Divindade Afro Bantu, leva para longe com seus Ventos, todo mal do mundo. Sobre: fome, racismo, sexismo, capacitismo, medo, guerra, morte…

31/10 – 20h – Húmus – Coletivo. Direção Renata Mara (MG)

Substância orgânica amorfa que fertiliza a terra – HÚMUS: espetáculo de dança que nos coloca em contato com a nossa condição humana, marcada pelo eterno ciclo de nascer, morrer e renascer. Frente às diversidades humanas presentes em cena, vê-se tanto as diferenças dos corpos quanto a transcendência do que nos iguala. Húmus – Do fim ao começo…


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