São Paulo Cia de Dança estreia obra com Orquestra Jovem do Estado
Dança e música ao vivo em um espetáculo inédito
São Paulo Companhia de Dança e a Orquestra Jovem do Estado se reúnem no Theatro São Pedro para a apresentação de obras de dança e música
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, em parceria com a Santa Marcelina Cultura – com direção artística-pedagógica de Paulo Zuben –, realiza apresentações nos dias 05 a 08 de março (quinta à sábado, às 20h; domingo, às 17h) no Theatro São Pedro, na capital paulista. O espetáculo é composto por quatro partes, sendo dois momentos somente com a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob regência do maestro Claudio Cruz e outros dois com a SPCD e a Orquestra Jovem do Estado. O programa conta com uma estreia especial da São Paulo Companhia de Dança.
A abertura do espetáculo consiste na execução, pela Orquestra, de Ruslan e Ludmila, de Mijaíl Glinka (1804- 1857), ópera baseada no poema de 1820 de Alexander Pushkin e considerada uma das peças fundamentais do repertório da música russa.
Na segunda parte, temos o encontro da Orquestra com a SPCD em Suíte Raymonda, coreografia de Guivalde de Almeida (1971–2020), a partir da versão original de 1898 de Marius Petipa. Pela primeira vez com a música Raymonda, de Alexander Glazunov (1865-1936), executada ao vivo pela Orquestra, a obra apresenta na cena de dança o casamento de Raymonda com João de Brienne. A iluminação é de Wagner Freire e os figurinos, de Tânia Agra.
Em seguida, em um outro momento conduzido apenas pelos músicos, eles tocam Mourão, de César Guerra-Peixe (1914-1993), criando uma ponte com a parte final do espetáculo.
Encerrando a noite, temos Aparições, primeira criação da coreógrafa Ana Catarina Vieira especialmente para a SPCD. A coreografia é conduzida pelas músicas Suíte Pernambucana nº2 e Ponteiro, ambas de Guerra-Peixe, apresentadas ao vivo pela Orquestra e que, pela primeira vez, ganha o palco pelos bailarinos da Companhia. Além do compositor carioca, a obra inédita também tem como inspiração a arte de Candido Portinari (1903-1962) e as danças populares do nordeste do Brasil. Os figurinos e os elementos cênicos de Marco Lima ampliam o gesto no espaço. E a luz de Wagner Freire dialoga com os diversos elementos a contribui para a dramaturgia da obra. Aparições remete ao poema homônimo de Portinari e ao jogo cênico que os bailarinos apresentam em cena, onde personagens da cultura do nosso país ora surgem e ora desaparecem ao longo da coreografia.
“Aparições e Suíte Raymonda trazem uma relação viva da dança popular com a dança clássica, evidenciando potencias dos encontros das artes. Em um confronto cerrado entre identidade e diferença, entre possibilidade e recusa, a arte nos ensina não só novas formas de beleza, mas novos meios de resistência também”, analisa Inês Bogéa, diretora artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança.
“Um dos maiores encantos da música para mim é que ela só toma forma quando acontece no tempo. E uma das formas mais sensíveis de se ouvir música é quando os nossos olhos percebem o movimento da música na dança dos corpos. A mágica deste momento é exatamente a experiência que a SPCD e a Orquestra Jovem do Estado nos proporcionarão com as coreografias de Guivalde de Almeida e Ana Catarina Vieira sobre as obras, respectivamente, de Alexander Glazunov e César Guerra-Peixe”, declara Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura.
Os interessados em assistir às apresentações podem adquirir os ingressos diretamente na bilheteria do Theatro São Pedro ou pelo site: www.theatrosaopedro.byinti.com. Os valores variam de R$ 15 (meia) e R$ 30.
Para mais informações, acesse: www.spcd.com.br e wwwtheatrosaopedro.org.br
Serviço
São Paulo Companhia de Dança e Orquestra Jovem do Estado de São Paulo
Datas: 05, 06, 07 e 08 de março de 2020
Horários: Quinta, sexta e sábado, às 20h | Domingo, às 18h
Local: Theatro São Pedro
Endereço: Rua Barra Funda, 171 – Barra Funda – São Paulo/SP
Capacidade: 636 lugares
Acessibilidade: sim
Preços: de R$ 15 (meia) a R$ 30 (via bilheteria do Theatro ou site www.theatrosaopedro.byinti.com)
Ficha informativa das coreografias que serão apresentadas:
Aparições (2020 – estreia)
Coreografia: Ana Catarina Vieira
Músicas: Suíte Sinfônica nº 2 “Pernambucana” (1955) e Ponteado (1955), de César-Guerra Peixe (1914-1993), com execução da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo/EMESP Tom Jobim sob regência do maestro Cláudio Cruz
Iluminação: Wagner Freire
Concepção de figurino e adereços: Marco Lima
Cenografia: Marco Lima, com imagens de quatro desenhos* de Candido Portinari (1903-1962): Pipas (1942); Ilha de Paquetá, Circo e Desfile de Carnaval (1941), usados nas ilustrações do livro Maria Rosa (1942) de Vera Kelsey
Dramaturgia: Vivien Buckup
Figurinos: Judith Lima (macacões), FCR Produções Artísticas (demais figurinos e adereços)
Assistente de cenografia e figurino: Cesar Bento
* Os direitos de reprodução das obras foram gentilmente cedidos por João Candido Portinari
Primeira criação da coreógrafa contemporânea Ana Catarina Vieira para a São Paulo Companhia de Dança, Aparições é inspirada nas obras de Candido Portinari, César Guerra-Peixe e nas danças populares do nordeste do Brasil. Os figurinos e os elementos cênicos de Marco Lima ampliam o gesto no espaço. E a luz de Wagner Freire dialoga com os diversos elementos a contribui para a dramaturgia da obra. Aparições – nome que remete ao poema homônimo de Portinari –, traz imagens do Brasil de maneira poética e com muita liberdade criativa.
Suíte Raymonda (2017)
Coreografia: Guivalde de Almeida (1971-2020) inspirada na versão original de Marius Petipa
(1818-1910)
Música: Raymonda, de Alexander Glazunov (1865-1936), com execução da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo/EMESP Tom Jobim sob regência do maestro Cláudio Cruz
Iluminação: Wagner Freire
Figurinos: Tânia Agra
Estreia pela SPCD: 2017 | Teatro Sérgio Cardoso, São Paulo, Brasil
Em cena assistimos ao casamento de Raymonda com João de Brienne. “O meu principal objetivo foi manter a essência da obra de Petipa, o estilo, atrelado à identidade dos bailarinos da Companhia. É uma dança virtuosa, pontuada por muitas variações e o que singulariza sua criação no cenário da dança é a união entre a dança clássica acadêmica com a dança a caráter, que vemos ao mesmo tempo na cena”, fala o coreógrafo.
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 732 mil pessoas em 17 diferentes países, passando por mais 142 cidades em cerca de 960 apresentações. Desde sua criação, a Companhia já acumulou mais de 30 prêmios nacionais e internacionais. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: os Programas Educativos e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
INÊS BOGÉA – Direção Artística e Executiva | Inês Bogéa é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora no curso de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.
SANTA MARCELINA CULTURA
Direção Artística-Pedagógica | Paulo Zuben
Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs do ano, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Criada em 2008, é responsável pela gestão do Guri na Capital e região Metropolitana de São Paulo e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri Capital e Grande São Paulo, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.
PAULO ZUBEN – Direção Artístico-Pedagógico | Paulo Zuben é doutor em Musicologia (2009) pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA – USP) e mestre em Comunicação e Semiótica (2003) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Possui graduação em Música (2000), com Bacharelado em Composição pela Faculdade Santa Marcelina (FASM), e graduação em Administração de Empresas (1991) pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Foi Bolsista da FAPESP nos anos de 1997-99 e 2001-03. Atualmente, é o diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura, organização social responsável pela gestão da Escola de Música do Estado de São Paulo – EMESP Tom Jobim, Projeto Guri Santa Marcelina e Theatro São Pedro.