Farol Santander exibe pela primeira vez acervo de obras de arte da coleção Santander Brasil
Farol Santander exibe pela primeira vez acervo de obras de arte da coleção Santander Brasil
- Entre os destaques estão nomes como Di Cavalcanti, Tomie Ohtake, Alfredo Volpi, Milton Dacosta, Klaus Mitteldorf, Manabu Mabe, Portinari, Claudia Andujar, Victor Brecheret, entre outros
- Mostra tem obra inédita de Bené Fonteles e pintura de Paulo Almeida que será modificada no espaço expositivo, dias antes da abertura
O Farol Santander exibe pela primeira vez parte do acervo de obras de arte, na exposição Contemporâneo, sempre – Coleção Santander Brasil. A mostra tem curadoria de Agnaldo Farias e Ricardo Ribenboim e será aberta ao público no dia 27 de agosto.
A exposição apresenta um panorama de 70 anos da arte brasileira e reúne um conjunto significativo de pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias. Das mais de duas mil obras do acervo, foram escolhidos 64 trabalhos, divididos nas categorias Abstração, Retrato e Paisagem.
Uma obra que nunca foi exposta, do artista Bené Fonteles, na categoria Abstração, é uma das atrações esperadas. O trabalho, sem título, foi criado em 1980. Já a obra mais antiga é a escultura de Victor Brecheret, Tocadora de Guitarra (1923). E a mais recente, uma pintura do artista Paulo Almeida, parte da série “Palimpsestos”. O processo criativo da obra envolve modifica-la a cada nova exposição. O artista trabalhará no local e concluirá as alterações dias antes da abertura ao público.
Segundo Patricia Audi, vice-presidente executiva de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander, “estamos compartilhando parte do nosso acervo em uma exposição cuidadosamente pensada, fruto de recentes reflexões curatoriais, para trazer a todos os visitantes novas possibilidades de leitura e compreensão da arte brasileira”. “O Farol Santander, um local tão icônico, onde passado, presente e futuro convivem, oferece mais uma vez à cidade de São Paulo uma opção de cultura, diversão e entretenimento”, conclui a executiva.
A expografia desenvolvida para ocupar o 24º andar do Farol Santander apresenta, por meio de sua segmentação em categorias, um olhar didático para o público, que permite compreender como cada uma dessas vertentes traduzem a história da arte brasileira.
“A exposição foi concebida reunindo em grupos, artistas de diversas épocas e variadas técnicas. Isso permite ao visitante compreender como cada uma dessas categorias perpassa a história da arte brasileira e da Coleção Santander Brasil”, explica Agnaldo Farias, um dos curadores da mostra.
“São trabalhos adquiridos no momento em que foram produzidos, e não quando os artistas já eram consagrados, e a compra de suas obras não implicava mais correr qualquer risco. Os jovens artistas sublinham o compromisso da instituição com a ousadia e a experimentação”, conclui Farias.
As escolhas contemplam diversos artistas fundamentais nesse recorte proposto pela curadoria: reunir figuras clássicas e contemporâneas da arte no país, ultrapassando as definições de tempo e se renovando a cada olhar.
Dentro das divisões estabelecidas pela curadoria, destacam-se artistas e suas respectivas obras: Abstração: Alfredo Volpi, Sem Título (1960); Tomie Ohtake, Sem Título (1978); Manabu Mabe, Voz da Selva (1969) Retrato: Di Cavalcanti, Mulata na Cadeira (1970); Milton Dacosta, Figura (1948); John Graz, Canoeiros (1975); Paisagem: Darel Valença, Sem título (1968); Candido Portinari, Cavalo, Casebre e Paisagem, (1959); Claudia Andujar, Conselho de homens Xicrin-Kayapo, Estado do Pará, Amazônia, 1966.
Outra referência sempre presente nas exposições do Farol Santander é a ligação do centro de empreendedorismo, cultura e lazer com a cidade de São Paulo. A obra que representa esse laço paulistano é uma fotografia de Klaus Mitteldorf, com o título O Centro (2008). O trabalho fará parte da categoria Paisagens.
Em cada uma das categorias, haverá uma obra representativa, destacada em projeto de acessibilidade, que disponibilizará relevos táteis e em alto contraste, legendas em braile e um áudio descrição. Os trabalhos contemplados no projeto são de Rubem Valentim, Sem título (1989); Klaus Mitteldorf, O Centro (2008) e Di Cavalcanti, Mulata na cadeira (1970).
Outros destaques que já estiveram em mostras pelo Brasil voltarão a ser expostos ao público, como a pintura Equilíbrio (1967), de Iberê Camargo e a tela Baile No Campo (1937), de Cícero Dias.
A exposição terá, ainda, um espaço multimídia desenvolvido pela Rizoma Edições Digitais, onde os visitantes poderão interagir a partir de uma projeção na parede, com imagens desconstruídas das obras expostas. O público poderá alterar as formas e cores projetadas com seus próprios gestos e movimentos.
Educadores estarão presentes no espaço para atendimento ao público espontâneo e grupos agendados. Para mais informações sobre dias e horários disponíveis para agendamento de visitas orientadas para grupos, entrar em contato no emailagendamentocs@base7.com.br.
Um traço característico do processo de formação da coleção Santander Brasil e, por consequência, desta exposição, é que, ao longo do tempo, foram adquiridas obras recém-produzidas, que refletiam a arte do momento da aquisição, fomentando assim o trabalho dos artistas em atividade.
Já a presença de artistas de fases anteriores reflete outra faceta da formação do acervo: a atenção voltada também para as movimentações e tendências do mercado de arte no país, que valoriza e resgata movimentos e artistas de outras épocas. Essa abordagem faz da Coleção Santander Brasil um conjunto sempre contemporâneo, ontem ou hoje.
A exposição é apresentada pelo Ministério da Cidadania, com patrocínio do Santander e produção artística da Base7 Projetos Culturais.
Coleção Santander Brasil
A Coleção Santander Brasil é formada por dois núcleos – artes visuais e memória institucional –, provenientes das diversas instituições bancárias que foram incorporadas ao Santander, desde o início da década de 1980.
O núcleo de artes visuais abriga muitos dos principais nomes das artes plásticas do país e contempla vários movimentos artísticos marcantes da história da arte, formando um amplo painel da produção e diversidade cultural brasileira.
As obras mais recentes foram adquiridas no momento em que foram produzidas, o que se pode verificar nas datas das criações. Esse modo de relacionamento com a produção artística sublinha o compromisso da instituição com a ousadia e a experimentação.
A coleção vem sendo ampliada nos últimos anos, por meio da aquisição de obras de arte contemporânea brasileira, majoritariamente fotografia, com trabalhos de nomes celebrados e/ou emergentes. Paralelamente, há um esforço de difusão – muitas dessas obras já participaram de exposições nas principais instituições museológicas do país.
Sobre o Farol Santander
O Farol Santander, um dos principais pontos turísticos de São Paulo, tem mais de um ano de vida e já recebeu mais de 500 mil visitantes e 6 exposições de arte, além de sua programação regular.
As atrações do Farol Santander ocupam 18 andares dos 35 do edifício com 161 metros que, por um longo período, foi a maior estrutura de concreto armado da América do Sul.
As novidades em 2019 incluem as aberturas do Bar do Cofre SubAstor, do Boteco do 28, da Cozinha Top Chef e do Restaurante do 29. Todos estes andares são dedicados à gastronomia, tema que ganha força como um dos eixos temáticos do Farol.
As visitas começam pelo hall do térreo e seguem até o mirante do 26º andar que, após a revitalização, ganhou uma unidade do Suplicy Cafés.
Serviço Farol Santander – Contemporâneo, sempre – Coleção Santander Brasil
Quando: 27/08/2019 a 05/01/ 2020
Onde: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô)
Entrada acessível: Rua João Brícola, 32
Site Farol Santander: farolsantander.com.
Funcionamento: terça a domingo
Horários: 09h às 20h (terça a domingo)
Ingressos: R$ 25,00 (visitação completa ao Farol Santander)
site e bilheteria física no local
Capacidade por andar: 60 pessoas
Brigada de incêndio e Seguranças: Efetivo total de 60 pessoas
Banheiros: 2 por andar – 1 masculino e 1 feminino (2º andar, 8º andar, 21º andar, 22º andar, 23º andar, 24º andar e no 26º andar)
Acessibilidade: Banheiros e elevadores adaptados, rampas de acesso
Saídas de emergência