Quarentena – Os Relatos Comoventes de Paulo Faria, diretor da Cia Pessoal do Faroeste sobre os Efeitos da Covid 19 em moradores da cracolândia

8 de abril de 2020 Atualidades
Quarentena – Os Relatos Comoventes de Paulo Faria, diretor da Cia Pessoal do Faroeste sobre os Efeitos da Covid 19 em moradores da cracolândia

QUARENTENA NA LUZ – 02/04/2020

Relatos de  Paulo Faria, diretor da Cia Pessoal do Faroeste e presidente do Instituto Luz do Faroeste.

Hoje foi o dia de travesti aqui na distribuição de cestas. Bombou. A notícia que tinha cesta no Faroeste voou feito passarinho entre as prostitutas, pelo Parque, ganhou Luz. Se propagou pelos pensionados do entorno, onde algumas moram. E outras famílias também ficaram sabendo. “Tão dando comida aqui no teatro”. A minha missão, quando essa fase acabar, vai ser continuar mantendo esse alimento, só que no palco. “Sim, aqui é um teatro” “O Senhor parece padre, é uma igreja?” “Eu sou do camdomblé” Não é caridade, é humanidade. Um exercício contínuo. Um aprendizado eterno.

Mães vieram. Putas e não putas. Mãe é mãe, não é estado civil, nem é profissão, nem tem que ser diferenciada socialmente, ou por credo ou cor. O Estado tem a obrigação de assisti-las. Todas que buscam apoio. O Brasil que tem uma dívida enorme, escandalosa com a pobreza e racismo, segue, descaradamente, fazendo jus a essa história tão triste e revoltante. Nossas mães, irmãs e filhas. Você as deixariam passar fome?

Estamos distribuindo as cestas das 14h às 15h – e com exceção pra mãe que chegar fora de hora, que precise urgente. E já vivemos isso nesses 10 dias.
Certo momento uma mãe foi buscar três famílias equatorianas, moradoras da mesma pensão, em frente ao Largo, em cima da igreja evangélica. “Elas não são brasileiras, mas são legais e não tem comida”. Quem se reconhece? Um tempo depois, já eram 7 e mais duas mulheres chegam com seus filhos no bico do peito. Como não tem um governo nesse momento assistindo essas mulheres? Olho de um lado e do outro a rua. Vazia. Somente os usuários de crack e pessoas com fome, ou sem informação. Precisam se expor, expor sua cria, numa cidade em pandemia, para vir atrás de alimento? Uma hora dessas, o governo já devia estar fazendo essa distribuição. Ter esse diagnóstico. Mas o governo não reconhece pobre como cidadão. Todas sem nenhuma proteção. Nunca tiveram. A desigualdade não é humana.

E chegam mais travestis. Naomi. Já a vi muito. Ela lembra a modelo Campbell, muito mais alta e modelada por silicone industrial. No carnaval ela se veste de espanhola, com seus seios enormes em taças. Corpos trans, cis, sem identidade. Quase todos corpos negros. Mulheres negras em maioria. Quase 20 na frente da porta do teatro. Não precisou fila pra que elas soubessem quem foi a primeira e a última. Primeiro dei para as grávidas. “Mas você consegue carregar com essa barriga?” “Tem mais dois em casa. Você não sabe de nada, bebê” Peguei nome por nome.

Teve uma mãe que ia levar nos braços a cesta, “Você está bem?” “Ela pariu tem 5 dias.” “Larga a caixa, mãe louca!”. Pedi ao homem emburrado do outro lado da calçada, um dos que não ganhou cesta, “Descruze os braços e leve pra mulher a caixa, ela acabou de parir. Ela é sua vizinha!” A partir daí, até o Marcelinho apareceu e ajudou. “Nem vem com tua lábia, que cesta é só pra mulher” “Eu vou levar pra minha mãe” “Tua mãe já morreu, rapá” “Leva logo a caixa que o sol tá quente, e tu vai destilar toda nessa água que tu tá cheirando” Ele saiu rindo “Esse Paulinho…” Aqui é um subúrbio. Uma periferia central.

As primeiras mães que chegaram foram as que eu prometi ontem as cestas pra hoje. O relógio marcou duas horas. Elas estavam na porta. Eram duas. Mas já vieram em três. Me pediram leite. “Tem mais uma que não pode vir, porque tá amamentando, e precisa de leite.” “Será que o senhor consegue leite?” “Leite em pó pra bebê?” perguntei “Qual é o tipo, é de acordo com o mês?” “O líquido do supermercado. O de caixa.” “E a gente tem dinheiro pra comprar leite de bebê?” “Menos de três reais a caixa.” “Cinquenta compra uma caixa com 12 caixas, então?”. “Um pouco mais” “Então passa às 18h, que eu dou cinquenta, vocês vão e dividem entre vocês. Pode ser? Assim é mais rápido, não?” O teatro fica no meio do caminho entre o prédio delas e o supermercado. Quando voltaram com a caixa pra me entregar a nota, foi feita a foto pelo Purí, um artista trans que está fazendo aqui a quarentena com seu namorado Vênus. “Mas pelo amor de Deus, não vão falar que eu tenho dinheiro pra comprar leite. O que eu tenho é cesta.” Elas na rua, em plena pandemia, em busca leite pros filhos. Naquele instante lembrei de minha mãe. Que chegou a sair de casa em busca de comida. Eu era criança. E trouxe leite pra gente. “Vou tentar incluir o leite na próxima cesta”.

Num intervalo, já de tarde, fui almoçar e veio um homem, que já havia estado ali, antes. Informei que as cestas eram só para mães. Infelizmente, eu preciso adotar algum critério. Ou a ajuda seria em vão. Acredito que as mães vão saber como dividir, multiplicar. Penso, como a minha faria se fosse em casa. Como ela sempre fez. Ele me falou que aquilo não era certo. Que eu dei pra travesti preta e não pra ele. Eu respondi que a maioria das cestas eram pras prostitutas do Parque da Luz. E a Naomi é puta, faltou ele incluir, travesti, preta e puta. “Por isso ela ganhou. Pra ir pra casa dela, sair da rua. Tem uma pandemia aqui no meio dessa rua.” Nesse momento passa um senhor de mais de setenta anos, com uma caixa de som, disparando uma voz bem alta, que vendiam estrogonofe a 10 reais, com três de taxa de entrega. Mas na publicidade não tinha o endereço. Aí eu vi que ele entregava com a mão, passando saliva, um xerox com o endereço. Alguns usuários de crack pegaram o papel, acharam um bom negócio. Pensei que certamente ele voltará pro restaurante. Será o proprietário ou o cozinheiro? O avô? “Meu senhor, o senhor devia ir pra casa.” “Na minha casa não tem estrogonofe. Não tem nada.” “Eu tenho um pote de macarrão que fiz ontem, pra almoçar ontem e hoje. O senhor quer?” Catei a vasilha da geladeira, e no caminho peguei um saco de ração das cachorras. Se descer rápido alcanço o cara da carroça que tem um cachorrinho. Grito que espere. Consigo pegar ainda um saco com milho cozido pro carroceiro. Agora, olhando nos seus olhos falei que estava dividindo o meu almoço com ele. Mas a cesta é das mães. “O Senhor me compreende? Por favor, eu estou tentando ajudar as mulheres. Pare de fazer escândalo do outro lado da calçada. Pode ser?” Subi. De dentro vi o rabo do cachorro balançar, antes de sumir na esquina. Agora, de noite vi o homem sentado no Largo. “Depois devolvo a vasilha” “Não precisa” Já se ofereceu pra ficar ajudando na fila das mulheres amanhã, e que eu lembre dele na hora do almoço. Se precisar de algo, ele tá ali. “Boa noite, seu Zé.” Amanhã almoçaremos juntos e distantes. “Aceito sua ajuda na fila sim. Gostou do macarrão? Fui eu que fiz.” Seu José, é um homem negro que vende ferro velho.

A primeira travesti que chegou, estava acompanhada de uma outra. “Qual o nome de vocês?” “O meu é Antonio” Foi quando Gorette interviu “Mas o teu nome não é esse!” “Não é o nome do RG?” “Não, é como você se chama” respondi. “Ohara, Ohara da Silva” “Vocês vão levar uma cesta”. “ A gente é duas” “A gente divide só o quintal” Tudo bem. Não preciso entender tudo. Só sou um facilitador. Logo após as três mães que saíram, Gorette voltou e trouxe a ficha sua e da amiga preenchidas. “Por favor, joga debaixo da porta! To almoçando. Espera, Gorette! Você me faz um favor! Você não mora no mesmo prédio das mães que vieram? Toma mais papel, faz a relação com os nomes de todas as famílias, você pode organizar isso pra mim” “Você quer que eu represente o meu prédio aqui?” “Você faz isso pra mim? Vai me ajudar e a elas, pra que não fiquem vindo muito aqui” “Nem precisa pedir. Eu trago tudo” “Olha Gorette, vai lá e domina, mostra que travesti não é confusão, não” Depois ela voltou de banho tomado, alimentada, com a lista, tá meu Bem? Ninguém segura mais Gorette naquele prédio. “Se precisar me liga. Mas eu não tenho celular, mas a Ohara tem, e tá na ficha dela. Liga que ela me chama no quintal”. Linda.

Amanhã já consegui mais 200 cestas, metade vai sair das doações em dinheiro que recebemos hoje, e uma anja vai comprar 8 da matina no Macro. E as outras cem vem de outra doação, que uma outra anja vai pegar 11h da manhã. Às 14 atenderei mais 30 putas que fiz lista de espera hoje. E o restante vão pras 170 outras famílias já cadastradas. Se você puder, ajude também. Me manda inbox. Vamos contar juntos e juntas essa história.

QUARENTENA NA LUZ – 04/04/2020

“Ser teu pão, ser tua comida, todo o amor que houver nessa vida” Hoje Cazuza faria 62 anos. Hoje meu gato Caju faz 12 anos. Ele chegou na palma da minha mão com menos de 15 dias. O olho remelento, o corpo doente. Até hoje é meio cegueta de um lado, mas é o mais ágil. No dia em que Cazuza completaria 50 anos, ele chegou. Caju, assim, Cazuza era chamado quando bebê, criança.

Ontem não consegui escrever sobre a sexta-feira – foi puxado. Quase não conseguia hoje de novo. Meus dedos doem. Nunca trabalhei tanto como nessa quarentena. O dia mais cansativo foi ontem. Mais famílias, prostitutas, filas. Chegamos a quase 400 famílias cadastradas. Maioria não vem pra fila pegar a cesta na porta, estamos evitando essa forma, possibilitando que as líderes comunitárias, mães, venham retirar, com tudo organizado. O vídeo do Puri é dessa tarde. O que estão levando de alimento, garante uma semana, incluímos hoje o leite. Precisamos agora ter no mês 1.600 cestas básicas, 400 por semana. É muita gente desassistida nesta cidade. Isso não é novidade. Estamos na região da Luz (Campos Elísios, Bom retiro, Luz e Santa Efigênia).

A fome ainda. Isso não é novidade. Betinho, Lula e Suplicy – com a renda mínima que será implementada agora. Sem essa garantia básica nós não seremos um País cidadão. E isso é urgente. Nós somos uma nação, Brasil! Uma família, e não um espólio.

Há 15 dias ativei uma rede em direitos humanos, que cultivo ao logo de anos – reservas de solidariedade, amizades, vizinhanças. E pude, no último ano, em que me tornei presidente do Instituto Luz do Faroeste – em direitos humanos, avançar nessa construção. Um D. Quixote e seus moinhos de vento. O exército de Brancaleone. Pude entender meu lugar. Nessa pandemia, num faroeste urbano, num faroeste feijoada. Nessa briga do bem contra mal, num processo civilizatório, na Rua do Triunfo, na cracolândia.

Acordei um pouco ressaqueado hoje, depois de uma festa comigo mesmo, na madrugada passada, pensando um projeto para alimentar essas famílias, durante todo o tempo que precisar, para que saiam da zona de risco, desse mundo desumano. E não só agora, mas em quanto tempo precisar para saírem da fome. Não é caridade, é humanidade.

Ser humano é um direito, ser o que se quer ser. Liberdade. Não devemos viver de caridades. Mas, sim, em pleno direitos. A caridade só ajuda a quem faz. É um gesto nobre, mas não é o único, nem o melhor para nos relacionarmos com o outro ser. Devemos, sim, gerar espaços de direitos para que o outro, também, possa estabelecer sua rede de afetos, sua cultura, sua vida. E nós estamos, hoje, aqui, garantido o direito básico ao alimento, para que os corpos não adoeçam de fome, cenário ideal para essa pandemia. Doar o que nos sobra, migalhas, não ajuda o outro que não tem direitos. Os direitos existem para manter o equilíbrio, manter as diferenças vivas. Como alguém pode achar isso ruim? “Caridade é somente alívio dos doentes de narcisismo, doentes de culpa. Caridade tem como significado semelhante a esmola, eu dou o que sobra, para que a mim, somente a mim, o caridoso, seja o reino do céu e tomara que sempre tenham miseráveis para eu ostentar bondade infinita. Diferente de distribuição de renda! Que faz você sujeito vivo e ativo na polis” do post da Thais Sarmanho.

Queria hoje agradecer as doações feitas em dinheiro. Estava montando um grupo com carro para comprar em grandes redes de supermercado, cestas básicas. “Grandes redes de supermercado??? Não!!” Vamos pegar cada valor de doação, e chamar a comunidade e perguntar, qual a sua necessidade agora? Do que você precisa? Qual o alimento? Leite, açúcar, legumes, carne? O que você quer comer? E ir comprar onde achar que vai economizar mais, e trazer pra mais pessoas os alimentos.

Fiz isso, hoje, com a Ocupação Mauá. Tivemos uma doadora, sociedade civil, que doou um valor X. Perguntei a Mauá, “O que vocês querem comer com esse valor?” “Precisamos de leite e fraldas.” Dei o cartão da conta jurídica para uma das líderes, mãe, da ocupação mais antiga da cidade, “compre isso com esse cartão, leve a senha. Você vai fazer isso pelo seu histórico na mais antiga ocupação da cidade, e eu vou facilitar isso por conta dos 22 anos de nossa história.” É sobre isso. Autonomia. Vamos solidificar a nossa relação de confiança, é o momento. “E me traga a nota pra eu enviar pra doadora, por favor”. Digo sempre que meu CPF é o meu lugar mais performativo. A doadora, minha amiga, aqui citada, Thais, se mobilizou pra doação, a partir de um recorte que fiz, em outro texto, sobre a falta do leite, sobre a necessidade das mães para alimentar suas crias. E hoje, foi essa escolha da Mauá. Leite e fralda. Sincronicidade.

No nosso território temos cadastrado as famílias. Cortiços, pensões, ocupações, favelas. E Achamos essa forma mais eficaz. Perguntar as comunidades “O que você quer comer? Tem alguém que pode patrocinar isso. Esse é um pacto entre a gente, sociedade civil. Passei a adotar esse procedimento. E como recebemos, também, cestas básicas, as famílias têm o básico e podem escolher o que lhes inspirar. A mistura, o leite, a fralda, a verdura, a farinha, o legume. Evocar os desejos, e não só a necessidade.

Acredito que chegaremos em mais de mil famílias.

A partir de amanhã vou dedicar as crônicas, as mulheres do território, líderes comunitárias que fazem a diferença na região. Isso tudo faz parte de um documentário que estamos construindo, sobre todo esse processo, de matar a fome das famílias nesse período de pandemia na Luz.
Ao final dessa quarenta – ela vai passar, faremos um grande encontro na praça Júlio Preste, para que cada família que recebeu a ajuda, o cuidado, se encontre com quem doou, cuidou. Pode ser que, nesse dia, a gente invada a Sala São Paulo, pois a praça não dará conta de tanta gente envolvida pela luta do direito de toda pessoa. Construir pontes, estreitar distâncias.

Nos ajude, colabores, vamos contar todo o Mundo essa história.

“Algum trocado pra dar garantia”. Viva Caju!

QUARENTENA NA LUZ – 07/04

Hoje às 11h da manhã já tinha gente na porta do teatro. Às 13h, já existia uma fila enorme, da janela, tive que pedir pra todo mundo voltar pras suas casas. Não obedeceria nenhuma fila, e nosso critério seria outro de organização. Quase todos e todas dispersaram.

Às 14h abrimos a porta. Mais 500 pessoas, surgiram em segundos. A Carmen Lopes já estava no local para nos ajudar com o cadastro. Terça e quinta cadastramos. Segunda, quarta e sexta distribuímos as cestas. Hoje cadastramos mais de 300 famílias. Já são 800.

Foi muito difícil organizar as filas, idosos e bebês. Nesse momento chegaram 4 policiais metropolitanos em suas motos. Perguntam o que é aquela aglomeração. São pessoas famintas, mães e filhos. Aquelas pessoas estão assim aglomeradas em cortiços, pensionatos, ocupações, ou andando pelas ruas atrás de dinheiro, alimento. Quase todos e todas estão sem trabalho. A maioria trabalha na informalidade na rua. Não conseguem ficar em casa com fome. A polícia fala que meu trabalho é nobre, mas que sente muito, não poderá acontecer daquela forma. Pergunto se ele vai encarar a fome daquelas pessoas e falar pra todas aquelas mães, que elas não podem ficar ali. Nesse instante me deu um segundo, e falei na minha boca de ferro – gramofone, do espetáculo A Mulher Macaco, usada pelo personagem Dono do Circo Vitória, “A polícia está falando que vocês não poderão ficar aqui” Nisso os policiais me olharam assustados, afinal, aquelas pessoas conhecem a polícia. Imagine o que é 500 pessoas com fome, “Infelizmente nós não conseguimos nos organizar. Vamos ter que parar”. Começo a me direcionar ao teatro pra entrarmos, quando, de repente, uma mãe salta a frente. “Nós precisamos da comida. A gente vai se organizar e é já”. E como o mar vermelho que se abriu ao meio, as mães conseguiram o afastamento de todo mundo. As mulheres grávidas e com bebês ficaram numa fila e idosos numa outra. Parecia que eu estava dentro de um filme, na Rua do Triunfo, ouvi até a trilha. Quatro mães e um pai ajudaram na coleta dos nomes, se somando ao Purí, Vênus e Carmen. Os polícias deram ok, e partiram. Ufa, deu certo. “Vamos lá!”. E aí foi um aplauso emocionante. Conseguimos.

Às 15h40 tudo estava encerrado. Desinfetamos todos os objetos, entramos, tomamos banho, trocamos roupas, almoçamos e fomos planejar o dia de amanhã, quarta. Amanhã recebemos mais um novo integrante para a nossa Quarentena Na Luz, nossa nave nessa nova jornada. Não estamos dando conta aqui dentro sozinhos.

Queria muito agradecer a todo mundo que está nos ajudando de fora, na fé, na boa energia vibrada, nas compras, nas articulações e principalmente nas doações. Se você pode, doe. Qualquer quantia faz a diferença.

Amanhã às 8h volunários irão comprar alimentos, para montarmos as cestas e distribuir tudo às 14h. Esperamos que a tenda dos Médicos Sem Fronteiras comece a funcionar o mais breve. Será fundamental termos a orientação deles nessas ações. Tenho certeza que será um experiência única na nossa história aqui.
Que meu pai Obaluaê nos livre das doenças, que Ossaim nos cure. E que Exu siga no comando.
Somos o povo brasileiro. Axé


Copyright ©2022. Todos os direitos reservados.